Todos e todas ao ato de apoio à mobilizações populares em Honduras! - HOJE (23/09) - 14h - no Consulado de Honduras em São Paulo (Rua da Consolação, 3741 - Jardins)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Zelaya em Honduras

Triunfo da mobilização popular!!!
Não a repressão golpista!!!

1 – A entrada de Zelaya em Honduras é uma enorme vitória dos 85 dias da resistência hondurenha. Esta nos coloca a urgente tarefa de redobrar a solidariedade continental com a resistência no momento em que se tem aberto uma confrontação entre o povo e a ditadura. Se abriu uma nova situação que nos coloca a tarefa urgente de apoiar os próximos passos a serem realizados nos dias seguintes em Honduras e também preparar com toda nossa dedicação o encontro que eles marcaram para os dias 7 e 8 de Outubro.

2 – Não se pode entender que Zelaya tenha entrado no país – sem nenhuma negociação com o regime ou melhor dito inclusive o surpreendendo – se não graças a poderosa resistência hondurenha que deu um salto no dia 15 de Setembro. Como afirmarão companheiros centro-americanos vinculados à Frente de Resistência Nacional, “ esse dia (15 de setembro) no que se celebra a independência da América Central, a resistência mobilizou, segundo alguns dirigentes como Rafael Alegría, 3 milhões e meio de pessoas. Apesar de não termos como comprovar esta quantidade, pois se refere a mais de 20 mobilizações realizadas em todo o país, mas afirmamos que a mobilização em Tegucigalpa, na qual participamos, havia não menos que 150 mil pessoas.”

3 – A resistência não só não se desgastou nos seus 85 dias como pelo contrario seguiu avançando, gerando o que podemos chamar de uma revolução popular democrática, um processo de mobilização tão ou mais profundo do que os que viveram em seus momentos Venezuela, Bolívia e Equador.

A entrada de Zelaya e seu posicionamento na embaixada brasileira, fortalece este processo aberto e estabelece de fato dois poderes: Zelaya e o povo mobilizado de um lado, e a oligarquia golpista do outro. Como vai se definir este processo dependerá da força da mobilização popular para enfrentar o regime e da atuação da direção da resistência.

4 – Outro elemento que permitiu o crescimento da resistência foi o isolamento internacional do regime golpista. Esse isolamento é também produto do ascenso continental que vive a América Latina e que se expressa no papel que tem jogado os países da ALBA, encabeçados pela Venezuela, que se posicionaram incondicionalmente pelo retorno de Zelaya, e que tem sido quase com certeza, quem colaborou com a sua entrada, como havia feito nas tentativas anteriores.

Esta situação é também o que explica que o imperialismo yankee não pudera apoiar abertamente ao golpe e que Obama teve de manter o seu rechaço ao governo golpista e a posição de uma saída negociada com a volta de Zelaya.

5 – As próximas horas e dias serão chaves para o desenlace do processo hondurenho. No retorno ao seu país Zelaya dice: “Patria, restitución o muerte". Também disse que o acordo proposto pelo presidente de Costa Rica, Arias, já não serve. Esta foi a posição transmitida pelo embaixador nicaraguense a reunião de urgência da OEA.

A esta hora começou um confronto entre a resistência e a ditadura golpista que tenta retirar os manifestantes posicionados na embaixada brasileira.

POSICIONAMOS ABERTAMENTE CONTRA A REPRESSÃO E PELA RENUNCIA DO GOVERNO GOLPISTA E EM APOIO A IMEDIATA RESTITUIÇÃO DE ZELAYA AO PODER, PELA MAIS AMPLA SOLIDARIEDADE E COLABORAÇÃO COM A FRENTE DE RESISTÊNCIA NACIONAL. É a hora de desenvolver uma ampla e incondicional campanha de solidariedade no movimento social brasileiro, denunciando a repressão do governo golpista, se solidarizando com a resistência e preparando uma importante delegação para se fazer presente no encontro de Honduras.

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